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Paris começa a despertar. São seis horas da manhã. Aos poucos ela vai saindo dos braços da madrugada para se encher de luz. O sol timidamente, brilha nas frestas das janelas. Não existem nuvens. O céu é azul, límpido. A cidade está coberta pelo orvalho e as pessoas começam o ritual diário. Bom dia Paris! Estás bela neste começo de Primavera!
Deixo o hotel e caminho pelo “Boulevard de Montparnasse,” em direção aos Jardins de Luxemburgo. Nenhuma “brasserie” aberta para o café. Sigo recebendo a brisa suave da cálida manhã. O verde luxuriante me dá prazer quando respiro o ar parisiense.
Páro junto à fonte dos Médicis. Águas cristalinas.Canteiros floridos e muitos pássaros. Longe, um leve burburinho mostra o acordar das pessoas que passam leves, iluminadas pelo sol. Daqui a pouco o grande jardim estará cheio de crianças e velhos. Dois mundos e duas visões de Paris.
Crianças correm atrás das borboletas e os velhos as acompanham com olhos cansados. É a vida que começa, levando recordações para aquela que está quase passando para o outro lado. Estou no meio delas, porém com força e vigor. Por mim passam jovens senhores correndo. São executivos que, antes de enfrentarem a labuta dos escritórios, fazem um pouco de exercício.
A cidade reflete sua beleza nos espelhos dos lagos que a circundam. Paris! Esta velha e sempre jovem senhora. Elegante, charmosa, oferecendo a todos que a visitam àquela célebre “joie de vivre” (alegria de viver), caracteristicamente francesa.
Vamos todos respirar este ar inebriante de vida e alegria que a Primavera parisiense nos oferece. Vamos amigos, acordar em Paris numa linda manhã de sol! Amar e valorizar as pequenas coisas da vida! Admirar esta cidade tão cheia de histórias e estórias. Paris, a cidade das artes, da música e do amor. Paris, Abril/1997

Obs: Imagem enviada pela autora.