elza fraga 1 de julho de 2018

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Tão curta a vida, por mais anos que ela carregue, por mais que nos curve a espinha ereta dos primeiros anos.

Na juventude, local propício ao trabalho do “ser”, a gente costuma brincar de “ter ou “estar”. E o tempo passando vai mostrando as setas que se ignora, viramos para o outro lado da estrada, na mais larga avenida, por medo de vielas e becos.

Ninguém pode nos ensinar a enfrentar esses medos, nossos desafios. É uma questão da gente resolver com a gente mesmo.

Mas vamos adiando para um amanhã que demora a chegar.

Muitos em nosso entorno nos dão toques sutis, apontam o dedo pro caminho correto, falam coisas que a gente escuta apenas com a orelha, não ouve com o ouvido da alma!

Até que o outono se faz, prenunciando um inverno rigoroso e de cobranças dos débitos calorentos vindos do passado.

Vingança? Maldade da vida ingrata?

Não! Apenas colheita.

Mesmo sem ser árvores temos lá nossas raízes, quantos de nós já pensou em onde aprofundou as suas?

E quantos ainda não vivem belamente sendo orquídeas, se aproveitando da seiva da árvore da vida, se alimentando dela, pensando no “pra sempre feliz” das histórias?

Tem uma hora em que todo o ser se encontra com sua consciência mais profunda. Com certeza é a hora mais difícil pra muitos. Não somos muito bons em estudar e examinar periodicamente essa nossa alminha inquieta para evitar os danos futuros, o terreno tomado por ervas daninhas.

A limpeza é demorada, se arrancam os galhos um a um, e isso requer perícia e tempo.

Tempo esse que a gente vive jogando fora em conversações inúteis, em mundanismos tolos.

Quisera eu ainda tempo pra acabar a tarefa. E torço por nós, encarnados em tempos difíceis.

Boa sorte, boa capinada, ótima colheita.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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