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As bandeirinhas não tremulam . Os fogos sumiram . O forró desapareceu . A família se dispersou .Todos os santos deste período tornaram- se pagãos . Apenas lembranças , recordações , saudades , vazios na alma .
Bons tempos juninos da infância , adolescência e maturidade . Hoje sequer cinzas …
Uma nuvem negra e pesada se apodera daquela velha senhora . Todos espalhados ou partiram para o além . Em sua existência restam apenas as faltas . Sumiram os filhos , parentes e amigos .
Sua cabeça quer parar , mas rodopia alucinadamente em busca de um passado apenas existente em sua memória . Deseja perpetuá – lo . Como fora feliz e não tivera esta consciência . Em cada idade, alegrias tão fortes que sublimavam os pequenos contratempos.
Bastava olhar para o ceu , as estrelas e o foguetório que ela iluminava a sua existência .
Aqueles folguedos eram tão lindos e inocentes quanto sua felicidade !!!
Balões subiam aos ceus como meteoritos . Os estrondos a encantavam . Luzes se entrelaçavam compondo um cruzeiro . Adivinhações a surpreendiam . Futuro tão lindo e poético ! Tudo eram sonhos e devaneios !
As fogueiras , exibidas , tinham um balé mágico : “ pas – de – deux “ , piruetas alucinadoras . Tudo era encantamento ! Um arco – íris de luzes e cores felizes , brincalhonas , sorridentes . O corpo e a alma eram puro folguedo . Alegria extasiante . Mundo de pura volúpia . Fogos: uns rasos , outros em erupção . Coração em chamas . Milhos e pamonhas . Amor e quentão. Quadrilha francesa : padre casamenteiro , noiva ingênua , ofendida , convidados esdrúxulos , policiais engraçados , testemunhas bizarras . Tudo era brincadeira , folguedo e alegria .
Hoje apenas saudades povoam seu mundo …
Obs: Imagens enviadas pela autora.