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Em mensagem ao Presidente da Conferência Episcopal da Polônia, Dom José Michalik, o Papa Bento XVI citou seu bem-aventurado Predecessor, João Paulo II, a respeito do esporte, num pronunciamento do Ano Santo para o Jubileu do Esporte, em 28/10/2000, acrescentando seu próprio pensamento a respeito do esporte mais querido do povo brasileiro, o futebol.

Em consonância com as Olimpíadas, que se iniciaram em Londres na 6ª feira, 27, pensei em transmitir aos meus leitores os pensamentos dos dois Sumos Pontífices a respeito do esporte em geral e do futebol em particular.

João Paulo II : “As potencialidades do fenômeno esportivo tornam-no instrumento significativo para o desenvolvimento global da pessoa e fator muito útil para a construção de uma sociedade mais humana. O sentido de fraternidade, a magnanimidade, a honestidade, o respeito pelo corpo – sem dúvida virtudes indispensáveis para o bom atleta – contribuem para a edificação de uma sociedade civil, na qual o agonismo substitua o antagonismo, o encontro prevaleça sobre a competição e o confronto leal sobre a contraposição vingativa. Entendido dessa maneira, o esporte não é um fim, mas um meio; pode tornar-se veículo de civilização e distração genuína, estimulando a pessoa a pôr em campo o melhor de si e evitar o que pode ser perigoso ou grave prejuízo para si mesmo e para os outros.”

Em sua mensagem aos bispos da Polônia, por ocasião do campeonato europeu de futebol, Bento XVI acrescentou: “Um esporte de equipe, como é o futebol, é uma escola importante para educar ao sentido de respeito pelo outro, inclusive o adversário desportivo, para o espírito de sacrifício pessoal na perspectiva do bem do inteiro grupo, para a valorização dos dotes de cada elemento que forma a equipe; numa palavra, para superar a lógica do individualismo e do egoísmo, que com frequência caracteriza as relações humanas, deixando espaço à lógica da fraternidade e do amor, a única que pode permitir a promoção do bem comum autêntico em todos os níveis.”

E acrescentou: “Com esses breves pensamentos, encorajo quantos estão empenhados no evento a trabalhar com solicitude, a fim de que seja vivido como expressão das mais nobres virtudes e ações humanas, no espírito de paz e de alegria sincera.”

No Angelus deste domingo, 22, em Castelgandolfo, referindo-se às Olímpiadas de Londres, Bento XVI enfatizou: “Que estas Olimpíadas sejam um exemplo de fraternidade de todos os povos da terra!” E concedeu uma bênção especial a todos os participantes.

Esse é o pensamento e doutrina da Igreja, que auguro tenha sua plena efetivação nas atuais Olimpíadas.

Obs: O autor é arcebispo emérito de Maceió.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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