Lug Costa 15 de julho de 2018

No entardecer do monte da purificação
uma cruz entre outras cruzes
clama perdão ao Pai num grito de entrega final.
Um silêncio profundo perpassa o universo.
Outras cruzes com Cristos crucificados
continuam sendo depositadas ao redor
do patíbulo da redação da humanidade –
Cristo crucificado.
Cruzes de
fome,
violência institucionalizada,
guerra e vítimas inocentes,
morte prematura,
solidão e abandono,
intolerância racial e religiosa,
injustiça e marginalidade,
discriminação sexual,
utopias sociais esfaceladas,
enfrentamentos aparentemente derrotados…
Talvez nem sexta, nem sábado e nem domingo sejam dias santos,
mas estejam manchados do sangue e da crueldade
das lanças do extermínio dos pecadores:
nós e outros mais.
Será Senhor Jesus que diante dessa desolação
e da prepotência dos sacerdotes e discípulos do poder da morte
seria pedir-te muito:
ressuscita conosco
na aurora da festa da vitória dos pobres e humildes,
irmanados no projeto de libertação e vida plena,
queimados no sol da liberdade dos filhos de Deus.
Páscoa – passagem – esperança – vida nova – vitória da vida!
(01.04.2018 – 18:27h – Caxias/MA)

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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