A Pessoa Humana é chamada a SER aquela pessoa que Deus quer que seja (chamada a Santidade).

A glória de Deus é a Pessoa Humana plenamente viva”. (Sto.Ireneu, sec II)

O nosso Papa Francisco tem ajudado muito em nos sensibilizar sobre a essência da VRC. Ultimamente ele tem enfatizado como sinal do cristão, a imagem do Bom Samaritano; a imagem da misericórdia de Deus em ação.

A Igreja da Americana Latina, no seu encontro em Aparecida, enfatizou um novo termo para uma nova maneira de ser cristão como Discípulo-Missionário. Todo batizado foi marcado com este sinal.

O discípulo, para que seja um verdadeiro missionário, tem que receber uma formação para prepara-lo para ser enviado em missão. Nos olhos do Papa Francisco este discípulo-missionário deve ser um sinal forte da misericórdia de Deus. Isso ele vai aprender através da orientação do Senhor Jesus Cristo que é o mestre do discípulo se preparando para uma missão de misericórdia. Uma parte desta preparação é a sua aprendizagem de ser uma pessoa de oração. Cada discípulo, para ser verdadeiro discípulo deve ser um amigo íntimo de Jesus Cristo. Isso acontece através de um projeto de vida de oração.

As nossas Constituições enfatizam esta necessidade:

Constituição Terceiro: Oração: Artigo 25: A oração é também para nós uma luta, como foi para os primeiros discípulos que adormeceram na vigília. Até mesmo o nosso apostolado pode servir de pretexto para não rezarmos. Já que é nosso empenho pelo Reino pode nos levarmos a pensar que o trabalho pode fazer as vezes de oração. Se não rezarmos, todavia, haveremos de ficar à deriva e o nosso trabalho não será mais para Ele. Para servi-Lo em verdade é mister rezar sempre e nunca cessar. Seremos abençoados no devido tempo, nossos fardos serão aliviados, nossa solidão, visitada.

Artigo 30: Além da liturgia que nos convoca como Igreja e como Congregação, temos também aquela oração tranquila que, a sós, fazemos diante do Pai. Contemplamos a Deus vivo oferecendo-nos para ser arrastados pelo seu amor e aprendendo a amar com o mesmo amor. Desse modo entramos no mistério do Deus que escolheu habitar no meio do seu povo. A sua presença eucarística é o penhor disso. Por isso mesmo é de modo especial nos convém rezar diante da reserva eucarística. Necessitamos todos nós alimentar-nos com pelo menos meia hora diária de silenciosa oração. Devemos, também, interiorizar as Sagradas Escrituras, e também ler e refletir sobre textos referentes a vida espiritual. Como membros de Santa Cruz, leremos regularmente estas Constituições, que são a norma das nossas vidas.

Em nossos formandos e os de outros Congregações e Dioceses com que temos contato através de Direção Espiritual e encontros, é notável esta falta da prática de oração pessoal e a valorização da necessidade de reservar um tempo de valor para estar com o Senhor sozinho; para estar a disposição de ser formado por Ele. Parece que não faça parte das suas prioridades avaliando pelo tempo reservado para isso. Uns dizem que não tem tempo por causa das muitas atividades. Outros dizem que não tem um ambiente propício para rezar. Para estes, pergunto, como seria na missão com todo movimento da sociedade; devem aprender agora como conciliar o tempo e o ambiente com a oração pessoal, e como organizar o dia-a-dia, para que seja administrador do seu tempo e não controlado pelas demandas impostas por fora, responsabilidades, atividades pessoais, estudos, tempo na TV ou no celular e outras que assume a pesar de já estar muito carregado com outras tarefas

Nesta nova época da Pós-modernidade, estamos sentindo os efeitos do individualismo que é um sinal deste novo tempo. Muitos apresentam seu projeto de vida baseado mais no individualismo do que nas necessidades da Igreja e da VRC. Não são poucos que apresentam seu disponibilidade para servir em termos de projeto de vida pessoal sem levar em conta do projeto da Congregação e da Igreja.

Quando os jovens começam a dar mais valor a oração pessoal é notável a mudança na sua vida e a felicidade expressiva. Esta descoberta do relacionamento com Jesus, por muitos, é uma dimensão da vida consagrada a Deus que ainda não tem experiência matura e que nós, formadores devemos ajudá-los a desenvolver e acompanhar com cuidado.

Obs: O autor é da Congregação de Santa Cruz

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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