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Solidão
É uma palavra
Que não se importa
Com o agora
Só se importa
Com o passado
Que não volta
Nunca mais
Procurei
Fazer um verso
Que exprima
O meu gesto
Que una
O sul ao
Nordeste
E não me abandone
Jamais
Para quem sabe
Voltar um dia
Ao mesmo lugar
De criança
Origem
Da esperança
Para todos os
Meus ais
(“Saudade”, Patricia Gonçalves Tenório, 19/05/2018, 07h03)
Imagem enviada pela autora* Fotografia: George Barbosa
Obs: Patricia Gonçalves Tenório (Recife/PE, 1969) escreve prosa e poesia desde 2004 e tem onze livros publicados, com premiações no Brasil e no exterior, entre elas, Melhor Romance Estrangeiro (2008) por As joaninhas não mentem, e Primo Premio Assoluto (2017) por A menina do olho verde, ambos pela Accademia Internazionale Il Convivio (Itália); Prêmio Vânia Souto Carvalho (2012) da Academia Pernambucana de Letras (PE) por Como se Ícaro falasse, e Prêmio Marly Mota (2013) da União Brasileira dos Escritores (RJ) pelo conjunto da obra. Mestre em Teoria da Literatura pela UFPE, atualmente é doutoranda em Escrita Criativa na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).