Djanira Silva 15 de junho de 2018

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Convidada para falar sobre um dos meus livros, durante os festejos de aniversário do presidente de certa entidade, aceitei com certa relutância. Não gosto muito desses babados. Permitam-me omitir o nome da entidade e do seu respectivo presidente. Muita conversa, babação e elogios. Mais parecia se tratar de um velório. A secretária fez um arrodeio danado para fazê-lo acreditar que estava sendo vítima de uma surpresa. Ela, como secretaria, deveria saber que os jornais há muito já haviam noticiado o evento. Fui muito aplaudida e convidada para outros eventos. Depois houve um momento de arte e alguém tocou sax – aliás muito bem. Deu-me uma vontade de chorar. Não me perguntem por que pois eu mesma não sei. Música triste sempre me comove e me dá um desgosto danado.

Terminada a reunião algumas pessoas me cobravam exemplares do livro em questão. Por que não bota nas livrarias? Pergunta recorrente e resposta também: nas livrarias já tem livros demais, o que eu, uma autora desconhecida vou fazer no meio de tanta gente importante?

O bom senso me diz que estou certa.

Obs: Texto retirado do livro da autora – Doido é quem tem juízo

A autora é poetisa, escritora contista, cronista, ensaísta brasileira.

Faz parte da Academia de Artes e Letras de Pernambuco, Academia de Letras e Artes do Nordeste, Academia Recifense de Letras, Academia de Artes, Letras e Ciências de Olinda, Academia Pesqueirense de Letras e Artes , União Brasileira de Escritores – UBE – Seção Pernambuco
Autora dos livros: Em ponto morto (1980); A magia da serra (1996); Maldição do serviço doméstico e outras maldições (1998); A grande saga audaliana (1998); Olho do girassol (1999); Reescrevendo contos de fadas (2001); Memórias do vento (2003); Pecados de areia (2005); Deixe de ser besta (2006); A morte cega (2009). Doido é quem tem Juízo (2012); Saudade presa (2014); O Sorriso da Borboleta (2018)
Recebeu vários prêmios, entre os quais:

Prêmio Gervasio Fioravanti, da Academia Pernambucana de Letras, 1979
Prêmio Leda Carvalho, da Academia Pernambucana de Letras, 1981
Menção honrosa da Fundação de Cultura Cidade do Recife, 1990
Prêmio Antônio de Brito Alves da Academia Pernambucana de Letras, 1998 e 1999
Prêmio Vânia Souto de Carvalho da Academia Pernambucana de Letras, 2000
Prêmio Vânia Souto de Carvalho da Academia Pernambucana de Letras, 2010
Prêmio Edmir Domingues da Academia Pernambucana de Letras, 2014

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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