15 de junho de 2018
num beijo da madrugada
suas palavras
reconstruíram as perspectivas
:
os mortos não constavam
na caderneta do passivo
os palhaços sem a graça divina eram
menos que brasas cobertas de cinzas
o sistema digeria as imperfeições
como se a todos bastasse a ilusão
página a página do passado
revi o presente
com suas mãos
repletas de interrogações
e os verbos compostos
desenharam o secreto
onde a sorte foi tirada
e as sementes jogadas
na correnteza das solidões
ele me fez ressurgir
para os gestos
de um jardim de cores
que é a eterna ciência do resistir.
Obs: Imagem enviada pela autora: Orelha do livro “A Cor do Gesto”, contos.
Autor: Artur Madruga.(Alquimera Grazak ) Editora Penalux. 2018
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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