elza fraga 1 de abril de 2018

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Sinto falta do sorriso de canto de boca, do brilho no olho, da mão que aquecia a minha, dos sonhos que compartilhava, das teimosias, da mania de ter razão, da falta de compromisso com o tempo, das rabugices, do olhar doce que dizia tanto, das noites de mirar estrelas, dos apelidos carinhosos, das brincadeiras de travesseiros na cama, das ousadias, das horas de delicadeza, dos momentos de brutalidade, da dificuldade de ler os meus escritos, dos gritos por qualquer besteira, do violão que dedilhava nas tardes mornas, das modinhas que cantarolava, da voz rouca com que me brindava.
Sinto falta do que poderia ser.
Só não sinto falta do adeus, da porta batida na saída, do meu olho na vidraça até o sumiço na extrema esquina, da ausência que ainda me perturba e me domina, da saudade que me fere fundo.

Por mais longe que o tempo correu a sua falta no meu peito não morreu…

Obs: Imagem enviada pela autora

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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