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– Você tem o pó do esquecimento?
– Temos, sim.
O atendente toma a liberdade de perguntar:
– Vai tomar? É para esquecer o quê?
– Não vou tomar, responde o cliente. Jogarei sobre mim.
E conclui:
– Só quero que me esqueçam.
Obs: O autor é escritor e editor. Também é sócio-proprietário da Editora Penalux.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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