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Não se pode esconder o sol com a peneira, nem enterrar a cabeça na areia como a avestruz. Nosso Brasil vive hoje uma ditadura tão terrível quanto a de 1064-85. A ditadura de hoje veste uma máscara de democracia, mas está controlada por um grupo de bandidos nos três poderes da república, judiciário, parlamentar e executivo. Por trás desses existe um grupo munido de tanques e metralhadoras e que de vez em quando se sente no direito de mandar nos outros bandos. É o que está acontecendo nestes dias. Assim, mudam as leis prejudicando trabalhadores e a educação, violam a constituição para atender seus interesses. Para iludir as populações esses grupos utilizam os canais de televisão nacional Rede Globo, Bandeirante e suas colegas, que transmitem meias notícias e falsas informações. Deixam a falsa informação de que o país vai melhorando, que aumenta o numero de trabalhadores de carteira assinada, e isso e aquilo.

O que está acontecendo nestes dias ilustra muito bem a ditadura implantada no Brasil. O Supremo Tribunal Federal que de supremo não tem nada mais. Afinal, a um grito de dois generais ameaçando tomar conta do país os ministros se ajoelharam e mandaram o ex presidente Lula da Silva para o presídio. Não há provas de crimes, mas há receio de que ele volte a ser presidente do país e novamente distribua a renda nacional com os pobres. Se ele cometeu corrupção ou não se tem provas, mas os juízes obedeceram ordens superiores e o tornaram sem direito a ser candidato e ser eleito. Sabem eles que Lula da Silva tem 75 % de aprovação popular e hoje é candidato ao prêmio Nobel da Paz internacional. Os meios de comunica da Europa, Canadá e Estados Unidos da América ridicularizam nosso país, que já foi o sétimo país mais rico do mundo.

Porém, observando aqui mais perto de nós, há sinais de esperança no ar. Apresento dois entre outros, nessa conjuntura de trevas. O primeiro aconteceu na quinta feira passada. Foi mais uma batalha firme do Movimento de Trabalhadores em luta por moradia, o MTLM. Estiveram na Câmara de Vereadores de Santarém cerca de 500 pais e mães de família, pressionando os vereadores a assumirem sua responsabilidade de defensores do povo. A questão é a urgência de o poder público regularizar a ocupação, do bairro Bela Vista do Juá. Há quatro anos está acontecendo a ocupação hoje com mais de dois mil ocupantes, maioria já morando lá. O prefeito tem em mãos uma lei federal que lhe dá poder de regularizar áreas de ocupação irregular para garantir moradia própria. Como o gestor está fugindo de sua responsabilidade, a associação do bairro cobrou dos vereadores assumirem seu papel de fiscalizadores do executivo para o bem da população. O plenário da Câmara ficou lotado, mais o pátio do prédio e a praça em frente. Os ansiosos moradores aplaudiam os depoimentos positivos e vaiavam alguns negativos. Ao final da sessão ficou combinado que dia 12, próxima quinta feira haverá outra reunião com presença de prefeitura, governo do Estado, Vereadores e movimento popular MTLM. Disseram alguns que naquela reunião será definida a questão da regularização n do bairro Bela Vista do Juá.

Um outro sinal de esperança aconteceu nos dias 3 e 4 da semana passada em Santarém. Foi um encontro sobre possibilidade de se implantar sistemas de energia solar em residências da cidade e das margens do Tapajós. Dois representantes do Forum nacional de energia alternativa, estiveram reunidos com militantes do Movimento Tapajós Vivo estudando a possibilidade de implantação de um projeto de instalação de energia solar aqui na região do Tapajós. Ao final de um dia e meio de explicações ficou combinado que o Movimento Tapajós Vivo irá convidar várias organizações populares da região para ver a possibilidade de instalação d energia solar em comunidades urbanas e rurais. Em breve, o projeto estará em ação e novas esperanças especialmente para comunidades que ainda hoje não tem o privilégio de ter luz elétrica grátis e renovável do irmão sol em suas casas. Tudo é possível quando há vontade e organização em busca do bem comum.

Obs: O autor é membro da organização da Caravana 2016
Coordenador da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém (PA) e membro do Movimento Tapajós Vivo.
Autor dos livros: Amazônia: o que será amanhã? (Vol I e II) e Uma revolução que ainda não aconteceu.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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