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Bem, nada melhor que um pouco de história pra explicar as motivações de escolher esse nome como título pra este blog.

O grupo conhecido como a “geração de 1750” – Goethe, Schiller, entre outros – iniciou um movimento sem precedentes, o Sturm und Drang (denominação tirada do título da peça de Klinger, Tempestade e Ímpeto). O movimento se opunha ao Iluminismo, que dominava a cultura européia da época.

Enquanto o Iluminismo afirmava o predomínio da razão sobre os demais valores do homem e do mundo. O Tempestade e Ímpeto colocou a vida como valor supremo e recusou todas as normas que, embora válidas racionalmente, pudessem limitar o desenvolvimento individual. O Sturm und Drang rompeu violentamente com conceitos e esquemas que regulavam as relações individuais e sociais, políticas e morais. Repercutiu profundamente na arte, proclamando a liberdade absoluta do artista, cuja produção haveria de ser expressão do seu poder criador e não fruto da obediência a preceitos e técnicas formais preestabelecidos. A genialidade do artista é que ditaria as normas para as suas obras. Na literatura, a aceitação foi completa e apaixonada.

A possibilidade de uma nova forma de ver o mundo se concretiza com a publicação de Os Sofrimentos do Jovem Werther, e os primeiros romances de Goethe, no mesmo ano. E em seguida aparece Os Bandoleiros, de Schiller.

O Sturm und Drang é, pois, um movimento de caráter nacional que desencadeia o Romantismo. Goethe é a figura mais destacada, por sua força vital e criadora, ao mesmo tempo reflexiva e turbulenta. Torna-se a personalidade mais notável de Estrasburgo, e sua fama ultrapassa as fronteiras da Alemanha.

Foi um escritor de tanta repercussão, que Werther chegou a ser proibido, por provocar vários casos de suicídio em adolescentes que haviam lido sua obra. E vale lembrar que o romance é baseado na sua própria história de vida, num romance de Goethe com Charlotte Buff. Nesses moldes é a obra de Goethe – a tempestade e inquietude do espírito humano regem a arte. Os Sofrimentos do Jovem Werther é o primeiro romance de Goethe e relata a dor do protagonista por um amor malsucedido. Sentimentalismo e paixão são os principais conflitos destas existências. A morte como solução de um impasse, a melancolia como seu guia.

“A natureza humana é limitada: ela suporta a alegria, a tristeza, a dor, até certo ponto; se ultrapassar, irá sucumbir. […] Neste caso, acho tão absurdo dizer que um homem é covarde por haver dado cabo a própria vida, como seria absurdo chamar de covarde o que está morrendo de uma febre maligna” (Goethe, Os Sofrimentos do Jovem Werther).

É nesse sentido que pretendo me expressar por aqui. Com liberdade, de escrita, de temática, e de valores. E quem estiver a fim de mandar algum texto legal, fiquem a vontade.
Então, este é o blog Tempestade e Ímpeto, e eu sou Roberto Santos. Não garanto que sempre serei claro, mas sempre verdadeiro. A casa é sempre sua.

http://bettosantos.blogspot.com

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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