www.dedvaldo.blogspot.com.br
[email protected]

Dos três videntes de Fátima, Lúcia, Jacinta e Francisco, certamente este último é o menos conhecido, porque o mais silencioso dos três. No entanto, ele tinha uma riqueza espiritual, que o torna admirável e encanta todos os que o vêm a conhecer.

Pretendo reproduzir aqui alguns trechos, que me pareceram mais significativos, da homilia de S. João Paulo II na cerimônia de beatificação dos dois videntes de Fátima, Jacinta e Francisco.  Limito-me a comentar o que se refere a Francisco.

O que o maravilhava e penetrava profundamente Francisco era Deus na luz imensa, que o envolvia e penetrava na profundeza de todo o seu ser. Não obstante isso, Deus lhe parecia “tão triste” como ele dizia. Certa noite, seu pai o surpreendeu soluçando e perguntou-lhe o porquê disso. Ele respondeu: “Eu pensava em Jesus, que está tão triste pelos pecados que são cometidos cada dia contra ele.”

Em sua expressão de criança, ele dizia que ia fazer de tudo para consolar Jesus e fazer com que Ele fique contente. Após as aparições, sua vida de rapazinho se modificou totalmente numa forma pouco comum para um menino de sua idade. Ele se engajou numa vida espiritual intensa, com uma oração tão assídua e fervorosa que chegou realmente a uma verdadeira forma de união mística com o Senhor. É precisamente essa união que o fez chegar a uma purificação contínua do espírito, graças a numerosas renúncias. Francisco suportou grandes sofrimentos pela doença, que o acometeu logo após as aparições de Nossa Senhora na Cova da Iria.

Nada lhe parecia pouco para consolar Jesus. Francisco morreu com um sorriso nos lábios. Era grande seu desejo de reparar as ofensas dos pecadores, oferecendo a Jesus nessa intenção todos os seus esforços para reparar as ofensas dos pecadores, seu esforço de ser bom, seus sacrifícios e suas orações.

Francisco de Fátima seja estímulo e modelo para nossas crianças e jovens.

Obs: O autor é arcebispo emérito de Maceió.