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Ardo em contradição, em ti procuro
A terra fugitiva, o céu perdido,
A calma que não tenho, o sol futuro,
As asas de meu vôo decaído.

Em meu bronze sem som o tempo é ido;
Na praia vã inutilmente auguro
Forças secretas, mar imperecido,
E tudo se transforma em chão escuro.

Entre cantos de nuvens e sereias,
Ardo em contradição dentro de abismos,
Blasfemando com punhos de inocência.

Sinto o nome apagar-se das areias,
E outro nome nascer de outros batismos
Em teu céu interior de permanência!

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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