1 de fevereiro de 2018
sou alguém que carrega
com algum prazer e quase nada de culpa
os embornais de minhas escolhas
tropecei
me esfolei
em muros de arrimo
e solidões
mordi sorvi gozei
a doçura e o sangue
nas promessas da paixão
sou alguém que gargalha
e às vezes soluça
as verdades e as dores que inventa
guardo
escritos no andar
os caminhos
por onde me achei
e nos bolsos
o arrependimento
por aquilo que nunca farei
sou alguém que aprendeu
a valsar leveza
mesmo quando os pés moldam concreto.
Obs: Imagem enviada pela autora.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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