Ana Eliza Machado 15 de fevereiro de 2018

[email protected]
nmpensante.blogspot.com.br

Nunca é o que a gente pensa. A linha que separa o real significado daquilo que nós interpretamos é quase imperceptível. Mas a decepção se torna real. A mágoa se torna real.

Nunca paramos para ver a tempestade chegando. Para escutar o vento assoviando em um ritmo diferente. Para observar a dança das folhas. Nunca previmos a força de um tornado ou a intensidade de uma ressaca. Só percebemos mesmo quando estamos no olho do furacão. Depois que passa, qualquer folha amarelada faz referência ao vigoroso verde, e assim tampamos nossos olhos, assim entramos em um ciclo constante. Em que tudo é uma questão de imagem, de significado.

 A imagem é aquele que nós fazemos, é o nosso pré conceito, é aquela que fica, por mais falsa que seja. É aquela imagem que não se apaga, que luta contra qualquer realidade. A imagem da melhor amiga ideal, do príncipe encantado, do vilão, do bandido. A imagem que se perpetua.

 Significados, nós inventamos. Assim como regras, assim como padrões. O que se inventa, o que se cria, o que vem de nós, é falho. Falho e mesquinho. E tem a imagem da perfeição.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


busca
autores

Autores

biblioteca

Biblioteca

Entrelaços do Coração é uma revista online e sem fins lucrativos compartilhada por diversos autores. Neste espaço, você encontra várias vertentes da literatura: atualidades, crônicas, reportagens, contos, poesias, fotografias, entre outros. Não há linha específica a ser seguida, pois acreditamos que a unidade do SER é buscada na multiplicidade de ideias, sonhos, projetos. Cada autor assume inteira responsabilidade sobre o conteúdo, não representando necessariamente a linha editorial dos demais.
Poemas Silenciosos

Flickr do (Entre)laços
[slickr-flickr type=slideshow]