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Meus queridos amigos

Quem não tem ouvido no coração esta mensagem sobre a busca da liberdade?

“Procurando a liberdade, caminheiro!

Procurando a liberdade também vou

Procurando a liberdade que é vida

Procurando a liberdade de viver

Caminhando eu vou, procurando eu vou!

Caminhando levo apenas a esperança

De algum dia a liberdade encontrar

É a esperança que dá força ao caminheiro

De ir seguindo pela vida caminhando.

Procurando eu vou, na esperança eu vou!

A liberdade é só certeza na esperança.

A encontrar quem na vida se arriscar.

E no risco posso ser crucificado.

Mas cantando a liberdade vou morrer.

Caminhando eu vou, procurando eu vou

Arriscando eu vou, na esperança eu vou!

Procurando a liberdade, caminheiro

Procurando a liberdade também vou

Procurando a liberdade que é vida

Procurando a liberdade de viver

Caminhando eu vou, procurando eu vou

Arriscando eu vou, na esperança eu vou.”

A liberdade é vida! Liberdade de viver! É apaixonante cantar de verdade, viver de verdade o nosso canto, quando milhões de filhos de Deus, de escravos, só não tem o título oficial. É apaixonante cantar de verdade a liberdade de viver neste nosso século louco e maravilhoso em que uma minoria mínima leva uma supervida e a maioria esmagadora dos filhos de Deus levando uma subvida.

Só que é enganosa e falsa a aparente supervida da minoria Privilegiada.

Supervida como, se hoje há tanto ódio, tanta violência, tanta ameaça?!

Jamais encontrei um super-homem nesse chão de homens. Também ainda estou para encontrar o primeiro sub-homem. Há de sobra, condições sub-humanas. Lá dentro, em plena subvida encontramos autenticas criaturas humanas, verdadeiros filhos de Deus!

Importante é jamais perder a esperança! Quem perde a esperança já se torna escravo. Sem esperança temos as mãos e pés amarrados.

Somos escravos, sem perspectiva de libertação.

O canto não engana: diz abertamente que o risco de quem procura de verdade a liberdade, é ser crucificado! O grande exemplo está no Calvário. Porque o filho de Deus foi pregado na cruz e nela morreu!

Mas a Via-Sacra não termina na 14a edição. Existe a 15a. Cristo venceu a morte! Conquistou para si e para nós a vida e a liberdade!

Quarta-feira, 10.2.1982

Obs: crônica escrita por Dom Helder Camara, especialmente para o seu programa UM OLHAR SOBRE A CIDADE.

Imagem e texto enviados pelo IDHEC – Instituto Dom Helder Camara
. Ver AUTORIZAÇÃO do IDHEC no item  OBRAS LITERÁRIAS.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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