Ana Eliza Machado 15 de janeiro de 2018

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Pisca-se os olhos e os segundos se derretem.
Inverno se transforma em primavera,
Sol e Lua valsam no céu.
A chuva escorre pelo para brisa,
salpica o asfalto, que chora.
E uma criança em prantos esperneia no escuro.

As folhas caem de uma árvore na praça.
Um caminhão ruge ultrapassando o semáforo.
Um mendigo sorri em sonho.
Um pôr-do-sol silencioso se banha no mar,
um arranha-céu pisca como vaga-lume dentro da noite.
E uma mãe chega tarde e dá o peito para o filho.

Uma semente germina na janela de um apartamento.
Uma bicicleta é atropelada na avenida.
O suor escorre no rosto de um agricultor.
Um professor está sem voz
As luzes piscam em uma boate.
E uma mãe abraça seu filho.

Um navio pesqueiro aporta.
Um filhote de baleia está perdido.
A água pinga numa torneira.
Uma criança rala o joelho.
Uma garota rouba um beijo.
E uma mãe está em paz, com seu filho.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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