Antes de viajar para o estado das amazonas, tomei dois tipos de vacina e o enfermeiro que aplicou, me disse que dependendo da minha defesa orgânica, teria reação ou não dentro de dez dias.
No décimo dia eu estava no centro da cidade de Manaus sentindo muito frio, embora fizesse muito calor, fui até uma farmácia aferir a minha temperatura e o farmacêutico disse que estava com 40ºC de febre, comprei um medicamento em gotas, fui para o hotel e caí na cama mais ou menos às 20:00 horas.
Quando entrei em meu quarto não lembro ter fechado a porta, lembro que coloquei o medicamento em cima do frigobar e em certo momento senti a presença de uma moça muito bonita e cheirosa com uma criança nos braços, ela olhou para mim, colocou a criança na cama ao meu lado e sem falar, pegou um copo e efetuou a medicação, sentindo a frieza de seu corpo, adormeci.
Quando a noite morria, acordei com ela sobre meu tronco beijando meus lábios como quem quisesse que a febre baixasse ou houvesse uma compensação de temperatura, e me sentindo melhor perguntei seu nome, ela me falou que era médica, seu nome era Sheila, fiquei muito alegre em me sentir melhor e agradeci, ela olhou para mim, sorriu e disse: cumpri com mais uma missão, vou embora que já está amanhecendo.
Dormi até às 7:00 horas, e fiquei ansioso para encontra-la no café, ficando até o final do horário sem ve-la.
Era um sábado fui até um posto de saúde e me consultei com outra médica, ela mandou que fizesse exame de sangue, aferiu a temperatura e depois que resultado do exame saio, disse que eu estava sem febre e com muita saúde, o desconforto térmico que tive, foi devido a diferença de clima, agradeci e saí.
Chegando ao hotel perguntei ao recepcionista se havia uma médica chamada Sheila hospedada no hotel com uma criança, ele olhou para mim, sorriu, disse que não havia nenhuma hóspede com esse nome.
Passavam 3 meses e fazia a mesma pergunta aos outros funcionários, as respostas foram sempre as mesmas, não.
Com quase 4 meses de estada, ao me despedi do pessoal, duas camareiras e um recepcionista me disseram que 2 meses antes de me hospedar no quarto nº 101 desse mesmo hotel, teria se hospedado uma médica com o nome de Sheila, com o filho de 5 anos, que ao voltar de barco para sua cidade no interior das Amazonas, o barco naufragou sem haver sobreviventes e confirmou com um recorte de jornal onde havia os nomes dos tripulantes.
E eu não sei se Sheila foi delírio, sonho ou realidade.