Uma promoção da fundação italiana Maruzza Lefebvre D’Ovidio, uma ONG italiana, que tem como missão de difundir o conhecimento e a importância dos cuidados paliativos para as pessoas com doenças incuráveis, respeitando da qualidade de vida e dos valores e dignidade de toda pessoa humana, com o apoio da Pontifícia Academia da Vida (Vaticano), no último dia 31 de março (2017) foi realizado um importante encontro no Vaticano “Religiões juntos para promover os Cuidados Paliativos. Um importante momento de confronto para a promoção do direito de todas as pessoas idosas, que são acometidas por doenças crônicas e incuráveis, que recebam cuidados paliativos.

A taxa de crescimento das pessoas idosas supera em muito aquela da população global, e se prevê que o número de pessoas acima de 60 anos se triplicará em 2050 e chegara a quase 2 bilhões de pessoas no mundo. O desafio hoje é olhar o futuro e enfrentar a um número sempre maior de patologias, sobretudo as crônicas, que trazem maiores exigências de cuidados de saúde e de assistência. Os governos e sociedade civil, devem enfrentar agora este desafio, que trará graves consequências em relação a qualidade de vida de milhões de pessoas.

“Os cuidados paliativos se caracterizam como cuidados globais, abarcando as dimensões física, psíquica e espiritual do paciente e sua família. Todas as religiões têm como objetivo primeiro a proteção da vida dos mais vulneráveis, e se constituem para muitos uma referência moral importante, e sua voz chega a todos os cantos da Terra, afirma a Presidente da Fundação Maruzza (“As religiões podem nos ajudar a difundir o direito de toda pessoa idosa doente de viver da melhor forma possível” (Cf. www.maruzza.org.it ).

Ao final do encontro foi assinada a “Declaração das Religiões Mundiais sobre Cuidados Paliativos para os Idosos” que apresentamos algumas das motivações que levaram a elaboração deste documento:

  • Toda pessoa idosa possui valor e direitos humanos integrais, bem como contribui para a sociedade, mesmo quando frágil e em necessidade de cuidados.
  • Condições crônicas graves, fim da vida, morte e luto afetam todos os aspectos da vida das pessoas, incluindo a família, amigos e a comunidade em que vivem.
  • As Pessoas idosas frequentemente encontram dificuldades de acesso aos serviços de cuidados de saúde adequados, e cuidados paliativos, não é uma exceção disso. Elas com frequência falam menos dos sintomas, e os problemas são atribuídos devido a ‘idade’. Questões psicológicas, sociais e espirituais são menos reconhecidas.
  • As Pessoas idosas podem passar por muitas condições crônicas durante um longo período de tempo, e considerando que os cuidados de saúde muitas vezes são fragmentados, baseados no atendimento de crises e não são organizados para facilitar o acesso quando necessitado ao cuidado.
  • Privação social, isolamento, pobreza podem levar as pessoas idosas mais vulneráveis, no acesso aos cuidados de que necessitam.
  • As Pessoas idosas muitas vezes são excluídas dos processos decisórios, sem respeito por suas escolhas, cultura, crenças e preferências prévias.
  • Sintomas, incluindo dor e sofrimento, muitas vezes não são reconhecidas e nem tratadas em pessoas idosas.
  • Líderes espirituais e líderes de religiões e organizações baseadas na fé podem cooperar com os trabalhadores de saúde em relação às crenças, cultura, costumes e escolhas para enfrentar estes desafios. Eles podem promover a integração dos cuidados paliativos e o alívio do sofrimento em sistemas nacionais de saúde.                                                                                      (Continua)

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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