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Guie uma criança pelo caminho que ela deve seguir e guie-se por ela de vez em quando. (Josh Billings)

Nós adultos, que somos professores, pais, mães, avôs, avós, tios, tias e temos a responsabilidade de sinalizar que os dias de amanhã serão melhores, com mais esperança, amor, solidariedade, compaixão. As crianças, por sua vez, nos animam com sua presença, singularidade e vida. Demonstram, todos os dias, sensibilidade, ingenuidade e doces encantos que não nos deixam desanimar. A responsabilidade de anunciar esperanças é sempre nossa, não podemos fugir desta responsabilidade.

A recíproca das crianças é reconhecer que seus pais, seus professores, suas famílias e suas comunidades trabalham muito para lhes dar o melhor que podem. As crianças retribuem com o que de melhor possuem: seu carinho, seus abraços, seus inocentes pedidos e desejos de uma vida sem males e sem violência.

Precisamos treinar sensibilidades para sermos capazes de anunciar esperanças. Os movimentos que percebem a vida, o amor, a felicidade geram boas percepções de vida, de ser humano e de beleza. Estes movimentos são próprios daqueles que tem olhos para ver, ouvidos para ouvir e boca para falar, serenamente. O contrário é autosuficiência, arrogância e prepotência, qualidades que não cativam e não agregam mais ninguém.

Sejamos capazes de oferecer, todos os dias, o melhor do que somos, por amor às nossas crianças, adolescentes e jovens. Ofertemos a elas luzes de esperança, forjadas na luta cotidiana de nossa superação pessoal e profissional. Se os adolescentes sonham em transformar o mundo, mostremos a eles caminhos de saudável rebeldia, esta arrebatadora força que move causas, sonhos e desejos em todos nós. Se os jovens acreditam no poder do conhecimento, os estimulemos a fazerem suas buscas e suas escolhas, com liberdade.

Creiamos que cada ser humano possui as mais ricas e únicas possibilidades de superar-se. Como na educação, na política, nas igrejas e nas escolas só deveriam atuar aqueles que, acima de suas vaidades e interesses, são capazes de acreditar que todo ser humano é capaz de superar-se em todos os seus contextos, singularidades e peculiaridades. Para isto servem a política, a religião e a educação: propiciar instrumentos e possibilidades às pessoas para sua liberdade, sua felicidade e sua emancipação.

Afirmemos ainda a “política” para a vida não desesperar. As verdadeiras mudanças passam por soluções coletivas, não pelo desespero ou “mérito” individual. A política é regra para a solução dos problemas da humanidade, não exceção que se aplica quando esgotamos o nosso egoísmo.

“Quem luta, também educa”. Quem ama, também educa. Quem não se acovarda de suas responsabilidades, ganha mais vida na dignidade, justamente por assumir-se como é. Quem educa com amor segue acreditando que educação não é um fim, mas meio para estimular os mais loucos desejos do ser humano: a felicidade. E não aceita que o mundo será de desesperança, pois o mundo sempre será aquilo que sonhamos que seja.

Obs: O  autor é professor, escritor e ativista em direitos humanos, desde Passo Fundo, RS

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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