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“Tenho que gritar, tenho que lutar, ai de mim se não o faço! Como escapar de ti, como calar, se tua voz arde em meu peito…” Assim cantam  cristãos, de vez em quando em suas igrejas. O canto é bem expressivo e comprometedor. Sair da liturgia e ir às ruas lutar por justiça social, política e direitos.

Porém, na realidade está havendo um vácuo entre o cantar e a prática na sociedade. O Brasil vive uma escandalosa ditadura, com graves consequências nas vidas dos trabalhadores, estudantes, dependentes do Bolsa família, produtores familiares, povos indígenas. Essas consequências atingem em cheio todos esses filhos de Deus nos nove estados da Amazônia.

Entre seus 27 milhões de habitantes, cerca de 18 milhões são congregados nas diversas igrejas cristãs. E destes ao menos 10 milhões cantam esse canto de alerta na Igreja católica. “tenho que gritar, tenho que lutar, ai de mim se não o faço…

Nesse triste momento de nossa história, a ditadura Michel Temer impõe com total apoio de deputados e senadores, a 160 milhões de brasileiros voltarem à escravidão, que foi abolida pela princesa Izabel cem anos atrás. É estranho, tanto a conivência de quase todos os deputados e senadores do país e entre eles, dos nove estados da Amazônia, como de juízes, ministros do Supremo Tribunal Federal.

Mais estranho ainda é a passividade dos 160 milhões de brasileiros hoje escravos de patrões com a nova deformação das leis trabalhistas. Surpreende também, os que cantam nas igrejas louvores a Deus e só esperam que Jesus venha salvar seu povo. Não há resistência, não há greves nem há cristãos indo às ruas dizer ao ditador, que não aceitam mais serem escravos de patrões e4;nimnbasdxsaa de políticos corruptos. Como podem ler o Evangelho onde Jesus afirma que bem aventurados são os que tem fome e sede de justiça? O povo unido é o braço e a força de Deus. Estranho, muito estranho…

Obs: O autor é membro da organização da Caravana 2016
 Coordenador da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém (PA) e membro do Movimento Tapajós Vivo.
Autor dos livros: Amazônia: o que será amanhã? (Vol I e II) e Uma revolução que ainda não aconteceu

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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