Betto Santos 15 de novembro de 2017

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Por era João se apaixonava e por era ele novamente se iludia, até mais de uma vez em uma única era. Mas em uma de tantas eras, és que reflete em seus olhos o doce e melancólico olhar de Eva. Que já estava em uma outra era, uma era, de certa forma, solitária.

Logo as eras de João e da menina mais linda do reflexo de seus olhos se cruzaram, mas a princípio, sem se tocar. E o que havia era o medo do começo do fim de suas novas eras, que já se tornavam uma só. Que ao som do silêncio se viram emaranhadas pelas felicidades e dores de uma paixão.

Já era o tempo que esse pior e melhor sentimento só possuíra um sentido e que as coisas pairavam sobre o ar, e que um olhar descrevia os desejos. João já não tinha sobre si o controle de suas ações e emoções, já não sabia se o que doía era amor. Eva, porém, a ela pertencia a certeza e a angústia do medo, que sufocava sua alma e ressecava sua garganta.

Após a última chuva de orvalho em suas eras emaranhadas, vem a dor, a dor que não vai embora como outrora fora o seu amor. E o que ficou já não era como antes, seu olhar não mais reflete eras distantes.

E de tentar, João já não era mais capaz de amar…

Obs: Esse é um poeminha que eu fiz durante uma aula de poesia na 8ª série. Achei ontem, por acaso… Remexendo papeis do passado. Nossa! Como eu era piegas (rsrsrs…). Acho que meu estilo atual é mais bucólico, isso ai embaixo é romantismo ingênuo. E isso eu perdi, nem a tanto tempo, quanto essas velhas palavras de guri de 14 anos.

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Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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