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Texto de dois anos atrás.
Dentro do prazo de validade.
Espedacei faz tempo minha espada de papelão.
Cansada de lutar contra tanto moinho de vento,
Sabe quando você sabe que ‘eles’ estão errados, mas sabe que ‘eles’ também sabem?
E sabe que ‘eles’ sabem que os erros são propositais com a clara intenção de disseminar o caos, pra depois poder vir com a chibata?
E sabe que ‘eles’ estão conseguindo, um passo de cada vez, levar todos para o caminho estreito com porteira e cadeado?
Aí você sabe tudo isso, mas você é um só, pequeno, manso, assustado, apalermado com o tamanhão da encrenca.
Só resta bater em retirada, correr e esconder esse cansaço todo, bem quietinho – embaixo das cobertas da vida.
Aí você nem respira, evita o barulho, tenta dormir de novo e acordar no nunca mais!
Mas você sabe que não pode, tem que levantar, andar, fazer, produzir, calar seu medo e esconder o que sabe para que os outros possam continuar seus sonos em paz.
E então lhe cospem um: ‘- covarde’ bem na face, e acertam o alvo em cheio.
E você, pacificamente, dá a outra face.