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Para onde está caminhando o Brasil e a Amazônia? Ainda será possível se construir uma sociedade em que a justiça social e a solidariedade prevaleçam nas relações políticas, econômicas e ambientais? Há um ditado que diz que a esperança é a última que morre. Com ela e força de vontade coletiva é possível neste país se superar a destruição.

Enquanto a capital da república se tonou um covil, numa teia de víboras, umas ferrando as outras, na Amazônia continua a esperança sendo alimentada. Na cidade de Santarém, no próximo fim de semana, 165 militantes de movimentos sociais estarão construindo um plano estratégico para defender seu território contra a invasão do capital. São militantes de sindicatos, associações comunitárias, pastorais e o Movimento Tapajós Vivo vindos de 18 municípios do Oeste do Pará.

Eles e elas enfrentarão o desafio de escutar as experiências de lutas de cada um, analisar a gravidade das várias invasões do território por mineradoras, madeireiras, monoculturas de soja e milho com agressivo uso de agrotóxicos, projetos de portos graneleiros e hidroelétricas. Em seguida vão debater e construir juntos um plano estratégico para enfrentar essa destruidora invasão do capital.

Compreendendo que isolados não tem condição de medir forças com as articulações do grande capital, esperam com solidariedade, agindo com estratégia coletiva se tem um caminho capaz enfrentar os projetos de crescimento econômico, que destroem a convivência humana e a natureza.

O encontro dos movimentos sociais em Santarém, em dois dias e meio faz parte de um processo iniciado há três anos na região, que compreende ser necessário cada sindicato e movimento popular, escutar os outros, sentir os desafios de juntar as forças em solidariedade e eficiência, para serem capazes de defender o território comum a todos.

Esta é a esperança que alimenta várias organizações populares numa região tão agredida pela cobiça do capital. Uma outra Amazônia é possível.

Obs: O autor é membro da organização da Caravana 2016
 Coordenador da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém (PA) e membro do Movimento Tapajós Vivo.
Autor dos livros: Amazônia: o que será amanhã? (Vol I e II) e Uma revolução que ainda não aconteceu

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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