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Os filhos?
Difíceis, amáveis
Inquietos, frágeis
Inseguros, aprendizes
Indefesos,
Insaciáveis quando se trata de carinho
E querem sempre ser o centro,
Atrair olhares cuidadosos
E nos saciar com suas travessuras
Que nos enchem de orgulho
E nos fazem ver nossas fragilidades,
Nossas limitações.
Eles, os filhos
São seres em busca de colo,
Nem que seja um abraço rápido
Ou mesmo um afago “sem importância”
Desses que estendemos as mãos
E os seguramos
Como se isso fosse suficiente
Para demonstrar amor.
Engano nosso,
São eles que nos amparam
E nos fazem superar
Aqueles dias difíceis
Que nos esgotam emocionalmente
E quando os encontramos
Naquele mundo infantil
Meio bagunçado,
Eis que nos basta um sorriso
E aquele olhar que nos implora
Uma aproximação relaxada
E repleta de amor
Com um apertado abraço
Que nos ensina
Que a vida tem muito mais,
Que aprendemos sempre mais
E suas lições não precisam de palavras
Regras, direitos ou deveres…
Suas lições nos cativam com atitudes tão simplórias
Que nos enchem os olhos de lágrimas
Toda vez que percebemos O quanto eles são dependentes
De um pouquinho de atenção…

Obs: O autor é  Professor da Rede Pública Municipal de Santarém.
Graduado Pleno em Pedagogia pela UFPA. Técnico em Educação na Rede Estadual. Especialista em Ciências Sociais para o Ensino Médio e autor do livro – Brinquedo: Contos e Poesias.