1 de outubro de 2017
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Por que falar de algo que talvez não exista? Ou pessoas que passam pela vida como sombras ou reflexos em espelhos quebrados. Vitrines sem holofotes. Apagadas.
Nas ruas, os olhos não se cruzam, as mãos não se tocam, passageiros de uma alameda apenas. Talvez seus pés tenham pisado no mesmo espaço, seus ouvidos tenham captado a mesma canção. Talvez o perfume da flor tenha alcançado os mesmos objetivos.
Mas não se conheceram. Talvez suas bocas tenham experimentado o mesmo gosto, a mesma saliva. Talvez a noite tenha caído e não se deram conta de que a vida passava por eles, e cada qual corria rumo a si mesmos em direções opostas.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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