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Com ideais vazios, cruzam caminhos
Perdidos ao léu, buscando seu brio.
São pessoas de todos os feitos,
Com fome, sem fome, com calor
Ou com frio, esperança maior
Tem alguém que não viu.

Olhares serenos, curiosas angústias
Que falam no olhar.
Andares ligeiros, não sei se há
Razão, criança que corre num
Mar de ilusão, palavras caladas
Não podem e querem falar.

Procuro e não vejo, não posso encontrar,
Certeza mais lenta não quero falar,
Pequeno escondido, uma gota no mar.
Somos todos assim se não soubermos amar.
Ser humano é mais que transitar
Incerto, sem rumo, na praça morar.

Pensando na vida te encontrei
Chorando, caminhando tristonho
Te vejo rezando. Sois anjo ao certo?
Te vejo de perto, és mais um.
O que te falta e me sobra,
Sedento de água procurando o deserto.

Pisei bem na terra, chega de alturas!
Em vez de campos e flores,
São cacos, miséria e dores.
Semelhanças de Deus em meio
A pavores, não posso calar,
As cores do céu me ajude a pintar.

Obs: O autor é escritor, poeta, advogado, Especialista em Gestão Ambiental de Cidades e Mestre em Gestão e Planejamento Ambiental.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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