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Texto fazendo um ano, ainda dentro da validade, acho…
Admiração: Sentimento nobre que se cultiva por aqueles que nos parecem centrados, pacificadores e pacificados, com metas reais e dignas que tentam cumprir, esforçados e voltados para a correção de suas imperfeições, fáceis no trato, elegantes no falar, corteses.
Não há necessidade de reciprocidade na admiração.
Como não há necessidade de alardeá-la, ela pode viver dentro da gente, oculta aos olhos do admirado.
Só não pode ser propagada, falsa, quase bajulice, pois aí estaremos colocando um outro ser à prova, testando-lhe a vaidade e o orgulho, que podem estar apenas adormecidos, não corrigidos e mortos – e mostrando o quanto de sombra ainda nos domina.
Teremos então responsabilidade pela queda em questão, caso aconteça, e mais à frente recolheremos os frutos da má semeadura.
Mas duro mesmo é quando o alvo da nossa admiração desveste a capa, nos deixa entrever, pelas frestas do personal, o quanto era montado o seu cartão de visitas.
Uma das piores decepções, das tantas que vamos acumulando, é ver no chão as máscaras com que nos enganaram.
E aí começa novo aprendizado, o de entender que defeitos todos temos, e que não podemos julgar imperfeições alheias quando ainda moram tantas dentro da nossa alma. Olhar o parceiro, nosso irmão de jornada, percebendo tão somente suas qualidades, as valorizando, esquecendo a montagem que foi feita para capturar nosso amor, nossa admiração.
Entender afinal que cada um de nós quer a mesma coisa, amor e aceitação.
E pra isso, se preciso, talvez também nos pintássemos com as cores mais belas do Universo.
Quem pode afirmar que não cairia na prova da vaidade e na do orgulho se ainda não foi tentado?
Obs: Imagem enviada pela autora