15 de setembro de 2017
Olhar indiferente
Passa adiante sem se dar conta
Do sorriso que se esconde
Do abraço negado
Do silenciar das suas asas
Mais um toque que fraqueja
Mais uma canção sem ouvir
Que envolve um destino
Que faz do menino
Um homem de dor
Olhar indiferente
Acusa o sangue
Pelas chagas abertas
E pelas frestas do tempo
A saudade que vai colhendo
Infeliz raio de sol a iluminar
Quem se escondeu do dia
E esqueceu que amar
É indignar-se com a dor
Que não lhe pertence
Olhar indiferente
Afasta a humanidade
Acolhendo a injustiça
Para jantar com ela
Desde o dia que ficou cego.
Arame, 04 de setembro de 2017
Obs: O autor é escritor, poeta, advogado, Especialista em Gestão Ambiental de Cidades e Mestre em Gestão e Planejamento Ambiental.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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