Thiana Furtado 1 de setembro de 2017

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Eu aprendi que, se sinto saudades, precisarei saciá-la, e para saná-la, precisarei dar meu braço a torcer e procurar pelo alvo de meu afeto, indo em busca de compartilhar meu universo multicolorido com outro alguém.
Eu aprendi que, se sinto fome e não tenho o que comer, precisarei me virar nos trinta para ir em busca de alimento, pois sei que isso é vitalidade e algo fundamental para mim.
Eu aprendi que a fome da alma é diferente da fome do corpo, pois a fome da alma é o desejo incontido de tudo aquilo que insisto em esconder de mim mesma, e que para alimentar minha alma precisarei de coragem para despir-me e desnudar meus sentidos, indo em busca de realizações verdadeiras, para que tudo aquilo que transbordo e acredito existir, possa emergir brotando das contingências arraigadas de mim.
Eu aprendi que preciso ser lúcida, se meu desejo for enxergar as nuances da vida com clareza. Que rarefeito é o ar que assombra minhas incongruências humanamente sentidas e despidas.
Que meus desafetos são rasos, se comparados à profundidade de meus tesouros adormecidos, mas que serão purificados nos arredores dos que se acercam dos prenúncios de meus confins.
Eu aprendi que preciso regozijar minhas esperanças, se o que pretendo for alcançar metas de longos e seguros alcances.
Pois a arte de esperançar deve ser a medida exata de tudo aquilo que insisto em acreditar, para poder no dia seguinte, novamente sonhar.
Doces serão os sonhos daqueles que insistem em crer que o novo dia surgirá inebriante, como pétalas seguras que desabrocham em lençóis emaranhados e inebriados de anunciações vindouras.
Louco é quem deixa de acreditar na vida, dando por encerrado o espetáculo do tempo, porque se cansou de acreditar que as coisas insistem em voltar a acontecer, como um grande cenário que nos saúda em nossas atribuladas tarefas cotidianas.
Aprendi e aprendo todos os dias que a vida é curta, mas que ela chegará diariamente contando-me novidades, e satisfazendo o ímpeto de minhas vontades e equidades.
Linda é a existência que chega de mansinho, nos cobrindo de carinho, só pra deixar claro que por trás daquela nuvem negra, se esconde o sol que brilha poeticamente, pra que jamais duvidemos que ele retornará todos os dias, abrilhantando olhares e nos saudando com a majestosidade de quem com infinitas asas nos presenteia todas as manhãs.
Após seu espetáculo, nos olhará assim, meio de lado, já indo embora, nos deixando um gostinho de valeu a pena, e sussurrando baixinho em nossos ouvidos, nos dirá, placidamente: amanhã estarei aqui, brilhando pra você, novamente.
Acredite e faça parte da vida, pois a vida é muito grande para ser desmerecida.
Brindemos à vida, saudemos o brilho do sol, abençoemos o tempo, e enderecemos bem os nossos sentimentos.
O espetáculo da natureza é a suave demonstração de que esse ciclo, assim como você, jamais pode parar pra estacionar. Mas, se o cansaço chegar, basta o coração eternizar, pra que no dia seguinte, voltemos novamente a amar, para que nunca deixemos de acreditar.

“Viver é acalentar sonhos e esperanças, fazendo da fé a nossa inspiração maior. É buscar nas pequenas coisas, um grande motivo para ser feliz!”
Mario Quintana

A autora é escritora e analista da vida.
Procura apreender os sentimentos ocultos que permeiam a transitoriedade das relações.
Segue a vida de forma leve, fazendo o que mais gosta, que é escrever.
Deseja a todos que sigam sempre em linha reta, tendo a convicção de que embora a vida muitas vezes os derrube, o amor será a chave que abrirá as portas e janelas de suas almas, fazendo o sol brotar nas mediações do horizonte que perfazem tudo que é seu, com a inteireza e integridade de dias lindos que estarão prontos para chegar e lhes acompanhar com todo amor que existe dentro e fora de suas vertentes mais íntegras.

Thiana Furtado Escritora | Facebook
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Obs: Imagem enviada pela autora.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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