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ASSUNÇÃO DA MÃE DO SENHOR
Lc 1,39-55

Desde o início da Idade Média, a liturgia celebrava a fé da Igreja na Assunção de Maria. Mas foi no século passado, em 1950, que o papa Pio XII proclamou solenemente que “Maria, a Imaculada Mãe de Deus, havendo terminado o curso de sua vida terrestre, foi elevada, em corpo e alma, à glória celeste”.

A maravilhosa harmonia que unia o corpo e a alma de Maria, desde a sua Imaculada Conceição, não foi rompida pelo pecado.

E, assim como ela não conheceu a corrupção da culpa, igualmente não conheceu a corrupção do túmulo.

Assim como ela esteve particularmente unida à cruz de Cristo, igualmente participou, já, da sua ressurreição.

E Maria é ícone e modelo da Igreja.

Com Maria, começa a Igreja. Em Maria, a Igreja já entrou na glória do céu!

Esta festa nos convida a trabalhar pela harmonia entre o corpo e a alma, entre as realidades materiais, temporais, e os valores espirituais, eternos, para que aconteça o que, cada dia, pedimos ao Pai: “Venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra, como no céu!”. Pois, na perspectiva de uma vida em plenitude, à luz da Assunção de Maria, o que está em questão é um Ser Humano Novo, Homens e Mulheres, unidos na construção de um Mundo Novo, de dignidade, liberdade, justiça e Paz! (Cf. Missel Biblique, Ed. Ouvrières, Paris, 1955).

Nossa devoção à Mãe do Senhor precisa evoluir: mais do que busca de “proteção” precisa ser uma busca de inspiração. “Bendita entre as mulheres”, MARIA, ícone da Igreja, “Espelho de Justiça”, quer ser amada e louvada, sim, mas, sobretudo, quer ser referência primeira de alguém, de uma Comunidade, que, alertada pelos “sinais dos tempos”, escuta a Palavra de Deus e se coloca generosamente à disposição de seu Projeto de Libertação, como discípulas e discípulos de JESUS, como missionários e missionárias a serviço do Reino. Pois, “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.

Obs: Reginaldo Veloso de Araújo é Presbítero das Comunidades Eclesiais de Base – CEBs, no Morro da Conceição e Adjacências, Recife-PE. 
Compositor litúrgico, com diversos CDs gravados pela COMEP/Paulinas e pela PAULUS
Assistente adjunto do Movimento de Trabalhadores Cristãos – MTC-NE2
Assessor pedagógico do Movimento de Adolescente e crianças – MAC e do PROAC
Membro da Equipe de Reflexão sobre Música Litúrgica do Setor de Liturgia da CNBB
Mestrado em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana – PUG (Roma, 1962)
Mestrado em História da Igreja, pela PUG (Roma, 1965).   

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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