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É pau é pedra
É o torcedor sozinho
Atacaram em três
E sangrou o caminho

É a noite, é a morte
É o cerol no pescoço
É o pai ensinando
O filho a cortar
O coração e a linha
De quem empinar

É o fundo do poço,
É o fim do caminho
É a fome no prato
É o prato vazio
É a lentidão pra atender
O doente na maca
É o pobre apodrecendo
Será que ninguém vê?

São as águas de sangue sujando a nação
É a pulsão, é a morte, ferindo o coração

É o projeto da casa
Roubado e inventado
É a lama política
É o Brasil abandonado
Não querem deixar
Sabermos o saber
Pois o ignorante
É mais fácil
De enrolar, de entreter

É o usuário no chão
Na luz da manhã
É o fim da picada
Ver alma penada
Mandaram “limpar”
Todo mundo de lá
Pois é melhor esconder
A miséria do olhar

São águas de sangue sujando a nação
É a pulsão, é a morte, ferindo o coração

Obs:  O autor é Psicólogo, palestrante, terapeuta de família casal.
Imagem enviada pelo autor.