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Um velho sentado à beira do caminho.
O olhar perdido naquela estrada, sempre naquela estrada.
Todas as tardes o olhar triste esperando alguém passar naquela estrada.
Talvez contasse incansavelmente o tempo da espera.
Ninguém jamais poderá saber o que aquele olhar deixava naquela estrada.
Horas a fio, sem pressa, sem agonia: espera, espera, silencio, silencio profundo.
Nenhuma palavra, nenhum murmúrio.
A espera não angustia.
Ninguém jamais conseguiu penetrar naquele olhar enigmático.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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