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Eu queria ser o poeta/ dos sem-terra e dos sem-teto;/ servir como um anjo da guarda/ aos tristes e deserdados.// Ser o arauto dos sem-voz,/ dos loucos, perdidos e sós;/ dos feios, fracos, falidos,/ sem porra nenhuma na vida.// Eu queria ser o poeta/ de todos os que não deram certo./ Sem deixar, por um instante,/ de ser o cantor dos amantes.
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