15 de agosto de 2017
- Porque não existe força opositora que o ameace com proposta alternativa, simples assim. Ele nem liga porque tem apoio tácito da maioria dos empresários, congresso e judiciário por cumprir papel necessário na preparação do novo ciclo de exploração do País.
- Sem projeto para o País, o fora Dilma, fora Temer, fora Rodrigo… é ingenuidade, ilusão ou vontade de torcida, nas redes sociais, para o inimigo perder um pênalti. Ao sistema neoliberal pouco importa o gerente de plantão, desde que lhe garanta estabilidade.
- Os donos do capital apostam na atual equipe econômica como o poder nas sombras. O objetivo do golpe foi instaurar a política econômica subserviente ao capital financeiro. Tal fator vai se manter e se aprofundar, caso não haja reação da população.
- Na política, o erro do inimigo é um fator de sua derrota quando há um sujeito coletivo que pegue as rédeas do Estado para administrá-lo no interesse da classe que produz. Criar esse sujeito é tarefa de longo prazo, maior que lideranças e entrar na lógica eleitoral.
- Resumo: “Fora Fulano” se torna inútil quando: 1) achar que xingar o governo é ser a favor do povo; 2) confundir derrubar governo com reforçar a luta popular; 3) correr atrás de factoides e deixa passar a privatização, a perda de direitos… engole elefante e se entala com mosquito; 4) dizer “fora fulano” e colocar “sicrano” que é do mesmo time – muda a coleira, sem mudar o cachorro; 5) esperar um raio contra o inimigo e não ter proposta de saída; 6) esquecer que governo não decide, serve ao interesse da classe no poder; 7) a palavra de ordem não prepara uma força para mudar a ordem social injusta.
Obs: Imagem enviada pelo autor.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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