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Guardava meus poemas
como se fossem joias
que no fundo de uma arca
uma velha as trancasse.

“São minhas e de mais ninguém!”
pensava ela –
ou seria eu?

A ela trazem
boas lembranças
de tempos idos
em que foi bela
em que foi jovem.

A mim, que trazem?
Lembranças vagas
de tempos vagos:
não me vencia
a indiferença.

Que dissabor
teria a velha
se descobrisse
que seu tesouro
fossem apenas
bijuterias
sem ter valor.

Pobre anciã…
ou seria eu?

Obs: Texto retirado do livro do autor – É Lenta a Palavra Tempo –

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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