Lourença Lou 1 de agosto de 2017

o verso chega sozinho
fica incomodando
prepara-se para dar um grito
arrepende-se
volta a se fechar
no canto da memória

no dia seguinte
lá está ele
ao café da manhã
desta vez acompanhado
e ocupando o centro
da vontade do poeta

não é mais possível ignorá-lo

bicho matreiro
o poema tranquilamente se instala
e fica à espera
dos likes das redes sociais
dos aplausos num sarau
ou de ser canonizado
proclamado e cultuado
no papel.

Obs: Imagem enviada pela autora ( imagem de Henn Kim )

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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