ela entrou nos meus dias
plantada em novelos

trouxe um feixe de energia
numa forma nova de entender o amor
um jeito só dela
de dizer das coisas inexplicáveis

eu não soube o que fazer
com o que sobrava na minha respiração
mas ela sabia tecer vínculos
abrir casulos e desenhar-se borboleta

diante do meu espanto
voou

depois
com a mesma tranquilidade
cortou as asas
novamente se enovelou

ela só queria ter o direito
de ser crisálida e metamorfosear a vida.

Obs: Lourença Lou outra vez para Mônica Raissa Batista
pelo seu aniversário (ainda que atrasada), desejando toda felicidade!
Arte: Crisálida – Ana Luísa Santos (MG / Brasil)
Performance no Memorial (2013)

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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