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Foste tu, o aconchego dessa alma, esta que se dispersou em sofismas quando argumentos inúteis faziam eco no meu espírito, com suas nuanças renitentes característica de muitas jornadas ao fundo do abismo. Quantas vezes, eu, minha espada e meu escudo avistamos seu sorriso, resplandecendo no calor da batalha. Foi neste brilho que o mal combatido com afinco tropeçou, e, sem mais forças para lutar, permitiu o resgate das almas do precipício. Confesso, por debaixo desta armadura a duvida fez morada, pois horrores nunca vistos desfilaram pelas minhas retinas. Só mesmo tendo apoio na carícia das tuas palavras, que escorriam pelo meu coração, fortalecendo meu íntimo de casca forte e frágil conteúdo, rosto heróico, porém levando os traços do mundo, é que venci a luta. E eu que empunhei tua espada, trago ao teu reino as gemas que solicitastes, aqueles a quem vós intitulas na sua incomparável bondade, de tesouro inigualável, teus filhos perdidos, que na noite da vida desviaram-se do caminho…

Ao teu serviço Senhor, estou pronto.

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Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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