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Neste momento sombrio de nosso Brasil, é mais que necessário se buscar informações confiáveis. Sem elas não se pode ter conhecimento real do que está acontecendo na região e no país. Esse conhecimento objetivo é necessário para que não sejamos manipulados por gente interesseira e oportunista e ao mesmo tempo, possamos assumir compromisso eficiente em defesa da vida e dos direitos de nosso povo. Por isso, muita atenção moradores dos bairros ameaçados pelos projetos de portos da EMBRAPS em Santarém, movimentos sociais, que lutaram contra os crimes da empresa Buriti desmatando 187 hectares de mata nativa ao longo da avenida Fernando Guilhon, e também moradores de Belterra, iludidos pelas autoridades municipais querendo deformar a Área de proteção ambiental Aramanaí.

Importante que cada semana se faça uma análise de conjuntura objetiva, para atender essa necessidade dos e das ouvintes em construir seu próprio conhecimento. Nestes dias, a situação política e social está imoral e confusa lá entre as autoridades políticas. O presidente Michel Temer desmoralizado por um empresário corruptor, faz de conta que não é verdade o que está na gravação, diz que não renuncia, mas seus dias estão contados. No entanto, ficando ou saindo Michel Temer, a situação para os trabalhadores, estudantes e pobres continua ameaçadora. Isto porque por trás dessa imoralidade, há grupos interessados em prejudicar os pobres, aniquilar com os 817 mil indígenas nacionais e destruir a Amazônia.

Aqui na região Oeste do Pará vários acontecimentos estão envolvendo vidas e organizações sociais. Dois estão aqui em análise, um bem positivo e outro nem tanto.

Este é o caso que está ocorrendo nestes dias no município de Belterra. Ali, entre dez vereadores, nove aprovaram um absurdo projeto de desmembrar uma Área de Proteção Ambiental, APA legalmente criada. Agora querem violentá-la, orientados por um prefeito interesseiro. A APA foi criada dez anos atrás, com a intenção de proteger a mata nativa e estimular o turismo nas praias à beira do rio tapajós. Agora, sem consultar as populações rurais e urbanas, as ditas autoridades incompetentes decidiram desmembrar 2 mil hectares bem no meio de APA, a fim de abrir caminho para construção de um porto graneleiro. Parte da população belterrense se revoltou e está reagindo. Nos próximos dias vão realizar uma audiência pública para debater sobre a ilegalidade dos vereadores e prefeito e exigir respeito à lei da APA. Esse é o lado positivo dessa agressão das autoridades. Democracia é governo do povo e para o povo esclarecido.

Em Santarém, a partir de amanhã às 18 horas, iniciarão dois momentos positivos para a sociedade. Segunda e terça feira haverá um seminário aberto ao público interessado. Promoção da Diocese de Santarém lá no auditório da UFOPA na Mendonça Furtado. Serão debatidos assuntos importantes para se compreender o que ocorre hoje no país e que leva a ampliar a desigualdade social. (21.05.2017)

Obs: O autor é membro da organização da Caravana 2016
 Coordenador da Comissão Justiça e Paz da Diocese de Santarém (PA) e membro do Movimento Tapajós Vivo.
Autor dos livros: Amazônia: o que será amanhã? (Vol I e II) e Uma revolução que ainda não aconteceu.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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