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A desigualdade aumenta na medida em que o capital se desloca das atividades produtivas e passa a acumular no campo das operações meramente financeiras, na troca de propriedade de ações de empresas, em transações com títulos públicos que pagam juros como remuneração, negócios cambiais aproveitando o diferencial de preço entre as moedas locais, o dólar e o euro, além da aplicação de capitais disponíveis em produtos financeiros e na especulação futura com o preço de matérias primas, minerais e produtos agrícolas.
Além disso o estoque de capitais mantidos em paraísos fiscais retira da tributação centenas de bilhões de dólares e reduz a possibilidade de crédito e financiamento ás atividades produtivas no mundo. Isso se chama capitalismo nos tempos atuais. Para piorar, a corrupção aumenta fortunas e concentra poder entre os que são financiados por esse capital.
Em síntese, nesse sistema não há futuro para a humanidade , sob o prisma do bem estar e o desenvolvimento, da ética e da democracia livre.
Esse sistema precisa ser superado, seja com reforma profundas, seja através de revoluções espalhadas pelo mundo todo. Não nos taxem, por isso, de radicais. O capitalismo derrubou o feudalismo através de revoluções. Foi assim que a burguesia assumiu a condição de classe hegemônica na sociedade.
Para uma melhor compreensão didática disso sugiro a leitura de “Desigualdade Econômica no Brasil”, de Márcio Pochmann, Editora Ideias & Letras, 2015, São Paulo. Você vai gostar e refletir bastante depois.
Enquanto isso menos de dez cidadãos no mundo acumulam mais riqueza que 90% da população mundial. E ainda tem gente que acha que é tudo por mérito. Esse sistema tem que ser superado, seja com reformas, seja com revoluções. Aliás não foi com revoluções que o capitalismo superou o feudalismo? Embora cada dia mais concentrado e forte, seu tempo de dominação tem que ser enfrentado e abreviado. Para o bem estar da humanidade.
https://oglobo.globo.com/…/onu-550-milhoes-de-pessoas-estar…
Obs: O autor é professor da UFPE
Foi Deputado Federal 2003-2014.
Criador e 1º. Coordenador da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção (2004)