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Saudade de ti. Indizível, solitária, doída. Tua volta é só a lembrança: meiga, alegre, gosto de manhãs. Convivo com tua ausência a penetrar em meu dia no amargo passar das coisas. Sou o próprio tempo a esvaziar em mim teus amparos. E, assim, aprendo a refugiar minhas lágrimas em recantos de ti. Trago-te em meu colo. Agora, só a memória é minha morada – não há consolo. Saudades de ti, de teu olhar.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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