Paula Barros 15 de maio de 2017

www.pensamentosefotos.blogspot.com
([email protected])

Acostumou-se com a solidão. O silêncio maravilhado e florido da solidão. O silêncio perturbador da solidão. O silêncio para lidar com o caos da casa, da mesa da sala, da alma em desalinho. O silêncio do horizonte visto da janela. O silêncio para contemplar a lua. O silêncio das madrugadas. Das noites insones. Do sol nascendo. Acostumou-se ao silêncio. Da plenitude de estar só vagando por si, pela casa, em silêncio. Nem toda gente é suportável. Quebra a película protetora do seu silêncio, da sua paz. Lhe desequilibra. Não é qualquer um que é suportável para abrir o seu silêncio e deixar entrar sons, sorrisos, lamúrias, calores e arrepios. O silêncio é encantador, quando se enamora dele.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


busca
autores

Autores

biblioteca

Biblioteca

Entrelaços do Coração é uma revista online e sem fins lucrativos compartilhada por diversos autores. Neste espaço, você encontra várias vertentes da literatura: atualidades, crônicas, reportagens, contos, poesias, fotografias, entre outros. Não há linha específica a ser seguida, pois acreditamos que a unidade do SER é buscada na multiplicidade de ideias, sonhos, projetos. Cada autor assume inteira responsabilidade sobre o conteúdo, não representando necessariamente a linha editorial dos demais.
Poemas Silenciosos

Flickr do (Entre)laços
[slickr-flickr type=slideshow]