15 de maio de 2017
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Acostumou-se com a solidão. O silêncio maravilhado e florido da solidão. O silêncio perturbador da solidão. O silêncio para lidar com o caos da casa, da mesa da sala, da alma em desalinho. O silêncio do horizonte visto da janela. O silêncio para contemplar a lua. O silêncio das madrugadas. Das noites insones. Do sol nascendo. Acostumou-se ao silêncio. Da plenitude de estar só vagando por si, pela casa, em silêncio. Nem toda gente é suportável. Quebra a película protetora do seu silêncio, da sua paz. Lhe desequilibra. Não é qualquer um que é suportável para abrir o seu silêncio e deixar entrar sons, sorrisos, lamúrias, calores e arrepios. O silêncio é encantador, quando se enamora dele.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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