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Por entre sonhos e matas
até aqui caminhei.
Futuro, o que me queres?
(tentei deixar-te em paz).
Passado, o que ensinas
são lições contraditórias.
Presente, és um mistério
na renovação da fé.

Por entre sonhos e matas
pedras, palmas, tristes cactos
faróis de distantes praias
subi o Capibaribe
vim chegar ao Mearim.
Futuro, que queres tu?
(sabemos que és de ossos,
branco pó, calcinação –
mas até lá, quanto húmus
permitem tuas vazões).
Passado, lembranças passam
e ficam teus vagos nomes.

Presente, por revelar-te
pagou caro Prometeu.
Promessas pra ti não contam –
realidade, somente.
Entanto trazes manhãs
donde entre luz e brumas
vejo que de sonho e matas
até aqui fiz caminho.

Obs: Texto retirado do livro do autor – É Lenta a Palavra Tempo –

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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