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O Brasil está morrendo… Ex-Governador de importante Estado da Federação na cadeia. Ex-Presidente da República acusado de graves crimes. Senadores e deputados presos. Eleições colocadas em dúvida, quanto à sua lisura e validez. Ilustres parlamentares acusados de crimes de corrupção. Empresas de alto porte, com obras de construções públicas no Brasil e no exterior, com seus dirigentes na prisão, acusados de crimes de conchavos e ilicitudes. Operações policiais de alto nível prendem e processam altas figuras da República e da classe empresarial.

Onde está o famoso livro de minha juventude “Porque me ufano do meu País” do Conde Afonso Celso? Nele, eram decantadas as muitas grandezas de nosso país, o maior de todos, em todas as coisas. Daí se originou a expressão de “ufanista”, para designar aqueles que apregoavam o Brasil como o possuidor de melhor clima, de melhor povo, da melhor e mais alta cultura, enfim, o melhor em todas as coisas…

O Brasil de nossos antepassados está morrendo… E precisa ressuscitar. Precisa de uma Páscoa.  Precisa que seus filhos de hoje retomem a seriedade na condução da coisa pública. Precisa de administradores honestos e conscientes. Precisa de legisladores, preocupados unicamente com o bem da Pátria e menos com seus interesses e vantagens pessoais ou de seu grupo político.

E quem poderá realizar essa ressurreição de nossa Pátria? Nós, o Povo. Nós, eleitores conscientes, preocupados também, não com as vantagens que ilusoriamente apregoam e se esperam de certos candidatos, com suas falsas promessas e vãs ilusões. Candidatos que, às vésperas das eleições prometem benefícios para o pequeno município, ou para o bairro de seus eleitores e, uma vez eleitos, esquecem tudo que prometeram ao ingênuo eleitorado e vai cuidar unicamente de seus interessa pessoais.

Lembro aqui, dos tempos de minha mocidade,  de certo candidato da cidade do Recife, radialista, chamado “o locutor das vovozinhas”, que realizou a construção de um centro social no bairro de seu maior eleitorado, esperando êxito nas próximas eleições. Não sendo eleito e, recebendo poucos votos exatamente em seu presumido maior reduto eleitoral, no dia seguinte ao término da apuração, decepcionante para ele, foi lá e destruiu a golpes de picareta o que havia construído, esperando resultados eleitorais.

Nós, os cristãos, peçamos ao Senhor da vida que, nesta Páscoa, dê vida nova também as instituições públicas de nossa Pátria, que devem estar a serviço do povo brasileiro…

Obs: O autor é  arcebispo emérito de Maceió.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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