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Não há zés, não há manés
nos subterrâneos do governo
onde a fome é maior
do que a boca do estômago.

Ao povo – pratos vazios!

O cardume de gravata
– cada dia mais falaz –
enquanto fica mais gordo
defeca no mar de lama.

Ao povo – males sem cura!

As hienas forjam querelas,
vestem auréolas paraguaias
e no exercício da hipnose
descosturam o bolso alheio.

Ao povo – ausência de ofícios!

A justiça reinterpreta
a constituição falida
dizendo que são iguais
os desiguais ao poder.

Ao povo – a dinamitagem!

No inferno brasiliano
quem abre os olhos, percebe
que o demônio não tem chifres
– ele tem nove tentáculos!

Obs: O autor é membro da Academia Pindamonhagabense de Letras é autor de: Lágrimas de Amor – poesia; O sapinho jogador de futebol – infantil; O estuprador de velhinhas & outros casos – contos; Histórias de uma índia puri – infanto-juvenil; O casamento do Conde Fá com a Princesa do Norte, e Um caso de amor na Parada Vovó Laurinda – cordéis.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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