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Dizer que o tempo passa é utopia
Ele por certo é quem nos vê passar
Deixando nos caminhos dia a dia
Pegadas que ele mesmo há de apagar
Na sua rotineira travessia
A cada geração há de mostrar
Que a vida transitória e fugidia
Sob seu jugo um dia há de findar
Assim tem sido e assim sempre há de ser
Enquanto o homem continua a crer
Que passa o tempo célere, veloz
Sem perceber que é sempre ele o mais forte
Domina a vida e determina a morte
Mostrando que afinal passamos nós
Obs: Texto retirado do livro da autora – Saudade Presa
A autora é poetisa, escritora contista, cronista, ensaísta brasileira.
Faz parte da Academia de Artes e Letras de Pernambuco, Academia de Letras e Artes do Nordeste, Academia Recifense de Letras, Academia de Artes, Letras e Ciências de Olinda, Academia Pesqueirense de Letras e Artes , União Brasileira de Escritores – UBE – Seção Pernambuco
Autora dos livros: Em ponto morto (1980); A magia da serra (1996); Maldição do serviço doméstico e outras maldições (1998); A grande saga audaliana (1998); Olho do girassol (1999); Reescrevendo contos de fadas (2001); Memórias do vento (2003); Pecados de areia (2005); Deixe de ser besta (2006); A morte cega (2009). Saudade presa (2014)
Recebeu vários prêmios, entre os quais:
- Prêmio Gervasio Fioravanti, da Academia Pernambucana de Letras, 1979
- Prêmio Leda Carvalho, da Academia Pernambucana de Letras, 1981
- Menção honrosa da Fundação de Cultura Cidade do Recife, 1990
- Prêmio Antônio de Brito Alves da Academia Pernambucana de Letras, 1998 e 1999
- Prêmio Vânia Souto de Carvalho da Academia Pernambucana de Letras, 2000
- Prêmio Vânia Souto de Carvalho da Academia Pernambucana de Letras, 2010
- Prêmio Edmir Domingues da Academia Pernambucana de Letras, 2014